sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O homem como o centro do universo


Esta é mais uma postagem feita em conformidade com a ideia de sequenciar mensagens afins. Creio que ao chegar ao fim da leitura vocês entenderão porque associo esta linda estória à postagem anterior. Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade, diz a penúltima frase de Esforço Pessoal. Comparem-na com a última frase do texto apresentado nesta e verifiquem se a minha associação faz sentido.
O homem como o centro do universo é o título dado a uma estória contada durante o curso do "Mind Control" da Academia Brasileira de Ciências Mentais, em Salvador, no período de 01 a 06.07.1985. Faz tempo, hein! Mas, infelizmente, ainda levará muito tempo até que a mensagem passada por ela seja assimilada e, principalmente, praticada por uma quantidade de pessoas capaz de "contagiar" a maioria. Lembram do fenômeno do centésimo macaco?
O homem como o centro do universo
“Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias e dias, trancado no seu laboratório, em busca de respostas para as suas dúvidas, tentando a todo custo conseguir criar fórmulas ou instrumentos que o ajudassem a consertar o mundo.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu ‘santuário’, decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer com que o filho fosse brincar em outro local:
- Meu filho, aqui não existe nada para você fazer. Vá procurar os seus amigos para brincar de qualquer coisa!
O garoto não desistia:
- Não quero brincar, eu quero ajudar você a consertar qualquer coisa!
Vendo que seria impossível demovê-lo da ideia, o pai começou a folhear uma revista que encontrou por perto, procurando algo que pudesse ser oferecido ao filho como objeto da sua atenção, por um período que fosse o mais longo possível. De repente, deparou com um mapa do mundo e achou o que procurava.
- Você não gosta de quebra-cabeças? – perguntou ao filho.
- Então eu vou lhe dar o mundo para você consertar.
Com o auxílio de uma tesoura recortou o mundo em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva transparente, entregou ao filho dizendo:
- Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertar bem direitinho e me entregar somente quando estiver pronto. Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias, se não desistisse, para conseguir recompor o mapa. Na realidade, ele acreditava que a criança levaria algum tempo tentando e desistiria, por certo, indo procurar um brinquedo mais atraente em outro lugar.
Passadas algumas horas, duas ou três no máximo, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
- Pai!...Pai!
Levantou os olhos e disse:
- Filho, você não deveria estar tentando consertar o mundo?
- Mas eu já fiz tudo. Já consegui terminar tudinho! – respondeu o menino.
A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho, pois seria humanamente impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que, seguramente, jamais havia visto em detalhes.
- Já lhe disse para fazer o seu trabalho e me deixar trabalhar sossegado. Não disse? – Respondeu um tanto irritado.
- Mas eu já fiz tudo, pai! Veja você mesmo!
Relutante, o cientista desviou os olhos das suas anotações, certo de que iria ver um trabalho ‘digno de uma criança de sete anos’. Para sua surpresa o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colados nos seus devidos lugares.
- Eu já lhe disse que era para fazer o trabalho sozinho. Ninguém deveria lhe ajudar a consertar o mundo! Falou já zangado pela interrupção.
- Mas pai, eu fiz sozinho... – tentava se fazer ouvir a criança.
- Não minta que é pior!
- Não estou mentindo meu pai! Não estou mentindo!
- Como seria possível? Como você seria capaz? Você não sabe como era o mundo, você não poderia consertar o mundo! – respondeu irritado.
- Pai, está certo. Vou lhe contar como foi. Eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que no outro lado do mundo havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo quebrado para consertar eu tentei, mas não conseguia. Foi aí que eu me lembrei do homem. Virei os recortes e comecei a consertar o homem, que sabia como era; quando eu consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.”
E então? Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade tem alguma coisa a ver com quando eu consegui consertar o homem, vi que havia consertado o mundo? Que tal refletir sobre o assunto?

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