sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A centésima postagem

Onze meses após a sua criação, este blog, cuja primeira ideia espalhada foi o fenômeno do centésimo macaco, chega a sua centésima postagem. E neste momento, eu quero aproveitar para tentar reparar uma indelicadeza cometida por um blogueiro iniciante.
Somente após algum tempo, descobri que enviar uma mensagem de boas-vindas a quem se dispõe a tornar-se seguidor de um blog é uma prática recomendável. Sendo assim, aproveito esta postagem para enviar uma mensagem de boas-vindas (com atraso), acompanhada de um agradecimento aos que se dispõem a segui-lo. Agradeço também aos que o visitam sem dele se tornarem seguidores.
No meu entender, cada blog tem um propósito e eu tenho consciência de que este - cuja finalidade é ajudar a interpretar a vida e provocar ações para torná-la cada vez melhor - jamais será um recordista de visitas, mas é animador constatar que há quem continue visitando-o e que a quantidade de visitas seja crescente. Já recebi, inclusive, vários e-mails incentivando-me a prosseguir com o blog, o que é bastante animador, pois continuo acreditando em algo dito na primeira postagem (Por que criei um blog?):
“Em entrevista concedida ao jornal literário Rascunho e publicada no livro As melhores entrevistas do rascunho, Luiz Ruffato diz: ‘Ainda acredito na capacidade da literatura de modificar o mundo modificando cada um dos leitores. Foi assim comigo’.”
E a minha crença é reforçada por algo que li em um pequeno trecho cuja autoria eu desconheço.
“A palavra caída de uma tribuna há sempre de criar raízes em alguma parte. Dizeis: Não é nada. É um homem que fala; e encolheis os ombros. Espíritos de curto alcance. Dizeis que não é nada e é um futuro que germina, é um mundo que desabrocha. Que espalhem, portanto, estes novos semeadores, os grãos da verdade, para que nossos filhos ainda se irmanem, num futuro bem próximo, com os filhos dos nossos inimigos.”
Substituam a palavra caída de uma tribuna por uma ideia espalhada por este blog e vocês entenderão porque insisto com ele.
Mas se a intenção deste blog é espalhar ideias, alguém que leia esta postagem poderá pensar em perguntar o seguinte: Afinal, qual é a ideia a ser espalhada por ela? E a resposta é de que ela pretende espalhar duas ideias. A primeira é de que indelicadezas, equívocos e erros devem ser reparados. E a segunda é de que atitudes e gestos de incentivo merecem um agradecimento.
Portanto, peço-lhes desculpas, agradeço a todos que prestigiam este blog e espero que continuem encontrando motivo para prestigiá-lo. Fazendo uma analogia entre postagens e voos, digo o seguinte: Em nome do Espalhando ideias, o blogueiro Guedes agradece-lhes a preferência e espera encontrá-los nos próximos voos, digo, nas próximas postagens.
Alcançar a centésima postagem não foi algo tão difícil; difícil será encontrar o centésimo macaco, e é nessa busca que este blog pretende ajudar. Como lembrança, creio que vale repetir aqui o final da primeira postagem:
“O que espero obter com este blog?
Que quem o leia faça as avaliações sugeridas acima e - se concordar com as ideias nele contidas – associe-se à tarefa de espalhá-las.
Por que pretendo isto?
Porque acredito na história contada na próxima postagem (O fenômeno do centésimo macaco).”
Aproveitando a coincidência de esta postagem estar sendo publicada na véspera da “virada do ano” quero encerrá-la com a seguinte citação atribuída a Moshe Feldenkrais:
“’Pense nisso: O que fazemos conosco agora é o mais importante para o amanhã. Se não fizermos nada para mudar nossa atitude e o nosso modo de atuar, amanhã parecerá ontem, exceto pela data’.”
Ou seja, de nada adianta apenas desejarmos uns aos outros um ano novo cheio de felicidades e de realizações, se tais desejos não forem acompanhados de mudanças na atitude e no modo de atuar de cada um de nós. Papai Noel não existe e tampouco anos felizes, se não atuarmos para que eles assim sejam. Desculpem-me a franqueza, mas alguém tem que dizer o que precisamos ouvir.
Não, eu não sou pessimista. Pessimistas são pessoas que acreditam que não adianta elas fazerem alguma coisa, pois as coisas jamais melhorarão. Tampouco sou otimista, pois estas são pessoas que acreditam que as coisas melhorarão sem que elas precisem fazer qualquer coisa. Pertenço a um terceiro e pequeno grupo: o das pessoas que acreditam que as coisas podem melhorar, mas que para que tal aconteça é imprescindível elas fazerem alguma coisa. Bem, acho que já falei “coisas” demais!
Abraços,
Guedes

2 comentários:

Anônimo disse...

Estou adorando o blog! O jeito com o qual escreve é marvilhoso, você possui a Incrível capacidade de prender os leitores em suas fascinantes palavras. Parabéns! Sem duvidas serei uma leitora assídua!

Guedes disse...

Nossa! Que palavras elogiosas! Obrigado, por elas e pelos parabéns. É muito bom saber que este blog, cuja intenção é “ajudar as pessoas a interpretar a vida com a finalidade de que elas provoquem ações para torná-la cada vez melhor”, esteja sendo prestigiado.

Quanto à afirmação de que será uma leitora assídua digo o seguinte: “Sem dúvidas” procurarei fazer com que as futuras ideias espalhadas a façam manter a decisão de ser uma leitora assídua. E fique a vontade para comentar as postagens publicadas, OK?

Beijos,
Guedes