sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Os dois decisivos tipos de pessoas

Dividir as pessoas em dois grupos, em função de como se comportam em relação a questões sutilmente propostas por essa coisa denominada vida, é uma prática bastante comum da maioria dos integrantes da dita espécie inteligente do universo. Por enxergar no comportamento dos protagonistas da postagem anterior (realizarem algo do qual não obterão benefício, mas que beneficiando aos que os sucederem beneficiarão a própria sociedade como um todo) algo alinhado com uma ideia que há muito desejo espalhar, esta sucede àquela.
Qual é a ideia que há muito desejo espalhar? A ideia de que uma das maiores questões da vida é decidir como comportar-se em relação a "aceitar que a construção de um mundo que preste é uma tarefa que exige a participação de todos os que nele estejam". Afinal, como digo em meu perfil no blog, "sou alguém que acredita que a qualidade de uma sociedade é resultado das ações de todos os seus componentes".
"Aceitar que a construção de um mundo que preste é uma tarefa que exige a participação de todos os que nele estejam.", eis uma questão que, sutilmente proposta pela vida, divide as pessoas em dois grupos: o das que não aceitam e o das que aceitam. Por que cito primeiro o grupo das que não aceitam? Porque, no meu entender, ou melhor, no meu constatar, esse é assustadoramente maior do que o outro. É impressionante a quantidade de pessoas cujo comportamento demonstra claramente a não aceitação de que a qualidade de uma sociedade é resultado das ações de todos os seus componentes.
Não aceitação que leva tais pessoas a viverem apenas em função de seus egoísticos interesses e a considerarem tudo e todos nada mais do que matéria-prima a ser usada da forma que elas bem (ou seria mal?) entenderem. A viverem considerando que, por uma questão de meritocracia, a umas cabem apenas os direitos enquanto a outras cabem apenas os deveres. A viverem de uma forma que, por uma questão de merecimento (algo que não deve ser confundido com meritocracia), gera nesta insana sociedade uma série interminável de males, pois, toda e qualquer coisa que ocorre com uma sociedade (mesmo as coisas mais deploráveis) é algo que ela, como um todo, fez por merecer.
Fazer por merecer! Eis a causa de todos os males de uma sociedade; e também a chave para deles livrar-se e, coletivamente, construir uma sociedade que preste. "A boa sociedade não é uma dádiva, mas trata-se de um processo de construção coletivo.", eis uma afirmação (encontrada em um livro intitulado Magia & Gestão – Aprendendo a ReAdministrar sua Vida Pessoal, de autoria de Geraldo R. Caravantes e Wesley E. Bjur) com a qual concordam plenamente os integrantes do segundo (e, infelizmente, menor) dos dois grupos citados dois parágrafos acima. O pequeno grupo das pessoas que "Aceitam que a construção de um mundo que preste é uma tarefa que exige a participação de todos os que nele estejam.".
Por que considero que decidir como comportar-se em relação a "Aceitar que a construção de um mundo que preste é uma tarefa que exige a participação de todos os que nele estejam." seja uma das maiores questão da vida? Porque os caminhos seguidos por nossos pensamentos e por nossas ações são diametralmente opostos, conforme aceitemos ou não a proposta que nos é feita na referida questão. Porque é ao decidir por quais caminhos seus pensamentos e suas ações seguirão que os integrantes de uma sociedade decidem a que tipo de mundo eles desejam chegar.
A um mundo onde reinem a paz e a harmonia, provenientes do convívio entre indivíduos que consideram-se integrantes de um todo que os une e no qual há lugar para todos os que nele estejam. Ou a um mundo onde reinem uma violência e uma desarmonia cada vez maiores, provenientes de uma insuportável proximidade entre indivíduos que consideram-se separados, em uma feroz competição pela própria sobrevivência e no qual a cada dia haverá menos lugares para todos os que nele estejam.
Plantadores de tâmaras! Será que é possível construir algo que faça jus ao termo civilização sem contar com uma quantidade considerável de indivíduos dotados da mentalidade dos plantadores de tâmaras? No meu entender, não. Portanto, que tal passarmos a viver em conformidade com tal mentalidade? Que tal tornar-se um (a) plantador (a) de tâmaras?
O que o parágrafo acima tem a ver com esta postagem? Afinal, foi com ele que terminei a postagem anterior. Por que o repito nesta? Pela afinidade que enxergo entre as duas. Conforme é dito no primeiro parágrafo desta postagem, foi por enxergar no comportamento dos plantadores de tâmaras algo alinhado com o que é dito nesta que esta sucedeu àquela. Além do mais, no meu entender, ele presta-se a uma excelente paráfrase para encerrar esta.
Pessoas que "aceitem que a construção de um mundo que preste é uma tarefa que exige a participação de todos os que nele estejam"! Será que é possível construir algo que faça jus ao termo civilização sem contar com uma quantidade considerável de indivíduos dotados da mentalidade desse tipo de pessoas? No meu entender, não. Portanto, que tal passarmos a viver em conformidade com tal mentalidade? Que tal tornar-se um (a) aceitador (a) da ideia de que a construção de um mundo que preste é uma tarefa que exige a participação de todos os que nele estejam?

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